quinta-feira, 10 de maio de 2012

OPINIÃO: Efeito Di Matteo

Por Marcus Vinícius Garcia


Di Matteo já conquistou uma taça. Será que vem mais?
Roberto Di Matteo foi um meio-campista de qualidade que fez história no Chelsea de 1996 a 2002, com 175 aparições e 26 gols marcados. Foi contratado junto a Lazio por £4,9 milhões, foi a maior transação internacional feita pelo clube na época. Vestindo a camisa dos blues, ganhou uma Copa da Uefa (1998), Supercopa da Europa (1998), uma Copa da Liga inglesa (1998) e duas Copas da Inglaterra (1997 e 2000). Títulos e atuações que tornaram o suíço-italiano um dos maiores ídolos do clube. Parou de jogar aos 31 anos de idade por causa de uma grave lesão na perna esquerda.

Como treinador, dirigiu o West Bromwich por dois anos e depois de qualificar o time para a Premier League, foi demitido após uma derrota para o Manchester City por 3x0. Em junho de 2011, foi convidado pelo Chelsea para ser auxiliar do técnico português André Villas Boas. O insucesso do ex-treinador do Porto, fez com que Di Matteo fosse novamente o centro das atenções, como nos tempos de jogador.

Di Matteo assumiu o comando do Chelsea no dia 04 de março de 2012, num jogo de quartas de final da Champions League, contra o Napoli e com uma desvantagem de 3x1 no placar sofrida em Nápoles.


O técnico suíço-italiano, montou uma defesa sólida e recuperou veteranos como Frank  Lampard, Didier Drogba, John Terry e Fernando Torres que estavam em má-fase. Os principais jogadores se superaram e levaram o Chelsea as finais da Copa da Inglaterra, goleando o Tottenham, e da Champions League, eliminando o Barcelona.

Com uma bela atuação de seus principais jogadores, aliados a belíssima fase do volante brasileiro Ramires, o time faturou a sua sétima Copa da Inglaterra vencendo o Liverpool por 2x1. Roman Abramovich, dono do clube ofereceu um caminhão de dinheiro para contratar o ex-técnico do Barcelona e estaria disposto a pagar cerca de R$ 630 milhões para tirar o craque argentino Lionel Messi do clube culé.


Proposta essa, recusada pelo espanhol.


Abramovich estuda outros nomes, como as do ex-técnico do time José Mourinho e a do técnico do selecionado alemão Joachim Löw. Mas o nome de Di Matteo ganha força com o clube, a torcida e principalmente com os jogadores, que nos últimos anos tem sido um fator determinante na permanência dos treinadores. Felipão e Villas Boas, que o digam.


Uma coisa temos que admitir. O estilo do "interino" Di Matteo melhorou o grupo, o time em campo e recuperou uma temporada que estava perdida. Tanto que fez muitos lembrarem de outro interino que levou os blues a sua primeira final de Champions League. O ex-interino israelense Avram Grant só não fez história por que o time perdeu a final para o Manchester United nos penaltis, mas Di Matteo pode conquistar a maior obsessão do clube. Mais um motivo para não sair do coração dos torcedores azuis. 

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